Revista do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal da Bahia, ISSN 1516-6058, v. 1, p. 315-322, Salvador, 2008.
O artigo é uma defesa sustentada da importância de se introduzir a disciplina Retórica Jurídica nos currículos escolares, mas não uma retórica naquele sentido que lhe deu Platão e pelo qual se costuma compreender a atividade dos juristas, mas naquela dimensão prático-prudencial e ético-comunitária que Aristóteles nos legou. Comenta as críticas do estagirita à falta de escrúpulos de Ulisses retratadas no Filoctetes de Sófocles. Com isto, o domínio das diferentes estratégias de argumentação – o logos, o ethos e o pathos – propostas por Aristóteles é considerado importante não apenas para a performance profissional e para a solução de uma demanda, mas também uma condição necessária ao fiel cumprimento daquela responsabilidade que os juristas têm para com a comunidade.