ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO E NAS ORGANIZAÇÕES

RESUMO

O que cabe ao ser humano fazer, para implementar seu projeto de felicidade, em um mundo que ele não domina totalmente? Esta foi a pergunta que os gregos, fundadores da ética ocidental, fizeram há cerca de 2.800 anos. O herói Aquiles, numa passagem da Ilíada de Homero, desabafou para um companheiro na Guerra de Tróia dizendo que os deuses nos exigem trabalhos difíceis para obtermos a glória, enquanto eles próprios vivem uma vida folgada. A ética iluminista, depois da ética cristã, rompeu definitivamente com essa concepção herdada da tragédia, celebrando a autonomia do agente moral e colocando a liberdade no centro da decisão, tal como discutido no filme Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick.

Os tempos atuais testemunham, de acordo com Henrique Cláudio de Lima Vaz, talvez o mais conceituado filósofo moral brasileiro, o paradoxo de uma civilização prodigiosamente avançada em sua “razão técnica”, mas vergonhosamente indigente na sua “razão ética”. O esvaziamento moral de nossa cultura, por alguns denominada de pós-moderna e bem expressa em O Homem sem Qualidades, um romance de Robert Musil, tem levado a uma crise sem precedentes na vida pública e privada. O Brasil atual, por exemplo, amarga o desalento da revelação de que muitas de nossas instituições e muitos de nossos líderes, tanto do setor público como do privado, vivem à margem de qualquer compromisso ético com aquilo que lhes foi confiado fazer.

O curso aqui proposto de Ética no Serviço Público e nas Organizações, em parceria com a Fundação Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, visa oferecer aos participantes uma ligeira introdução ao tema da ética em geral, envolvendo seus fundamentos, idades e correntes principais, além de fazer também um rápido diagnóstico das questões éticas mais aflitivas do momento. Mas serão abordados, também, questões relacionadas com a ética aplicada, aproximando as instituições públicas e privadas em seu mister de empregar o esforço comum de seus agentes na realização excelente de um serviço. Deste modo, o curso não apenas discutirá questões éticas relacionadas à conduta intersubjetiva dos agentes, mas também o problema relacionado com o papel social e os desafios das instituições no nosso tempo.

CARGA HORÁRIA

– 12 horas.

PÚBLICO ALVO

– Servidores públicos e funcionários do setor privado que exercem ou pretendem exercer alguma função de coordenação;
– Estudantes das áreas de RH, Administração, Contabilidade, Secretariado e Serviço Social;
– Lideranças sindicais, estudantis ou que atuam em cooperativas, pastorais e movimentos sociais;
– Cidadãos que se interessam pela matéria ou pretendem desenvolver algum trabalho de intervenção social.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Carga horária total: 12 horas.

 Além da oferta no modo presencial, o curso está disponível também no modo EAD, oferecendo mais comodidade ao aluno.

HABILIDADES DESENVOLVIDAS

– Conhecimento do contexto e das preocupações que levaram os gregos a iniciarem uma reflexão sobre o ethos e a institucionalizarem a Ética como uma disciplina acadêmica;
– Apropriação da história da ética e da proposta de vida defendida por diferentes escolas;
– Capacidade de reflexão sobre as questões que afligem os autores atuais e sobre a possibilidade, ainda, de se defender uma proposta em um mundo plural como o nosso;
– Conhecimento dos princípios básicos que têm sido cobrados dos agentes e das instituições públicas e privadas;
– Elaboração de processos de avaliação das atividades das organizações, assim como de projetos de atuação no cumprimento de seu papel e de intervenção social, na conformidade com as exigências éticas demandadas pela atualidade.

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